A manhã deste domingo será inesquecível para a mãe e familiares de uma menina de apenas três meses de idade, assim como para a guarnição de policiais militares que atendeu a ocorrência. A criança, que não apresentava sinais de violência ou de ter sido asfixiada, morreu algum tempo depois durante atendimento médico.
O nome da criança e da mãe não serão divulgados para resguardar a integridade da família, que está muito abalada com o ocorrido. O caso se deu no bairro Santa Teresa, na zona Oeste da capital. Segundo informações da equipe do programa Ronda no Bairro, que atendeu à ocorrência, era pouco antes das 7 horas, quando a guarnição recebeu o chamado, feito por vizinhos, para se deslocar até a casa onde o fato ocorreu.
Assim que os policiais chegaram à residência, a mãe em desespero gritava por socorro, a menina já estava sem batimentos cardíacos. “Não tínhamos alternativa. Corríamos contra o tempo. Colocamos a mãe e o bebê na viatura e de imediato providenciamos a remoção até o Hospital da Criança”, explicou um dos policiais da equipe.
A equipe de Reportagem da Folha presenciou todo o sofrimento da mãe que de perto acompanhava todo o esforço da equipe médica para tentar reanimar e salvar a criança. Durante mais de 40 minutos o bebê foi massageado e entubado, mas não reagia. “Pelo amor de Deus, tragam minha filha de volta”, suplicava aos gritos a mãe.
Algum tempo depois a equipe da Folha, que já havia saído do hospital, foi informada do óbito da criança. O corpo foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal), onde foi confirmada como causa morte Asfixia Direta devido Bronco Aspiração, ou seja, durante a amamentação ou após, e menina tentou regurgitar (vomitar), porém acabou engasgada com o liquido. Posteriormente o corpo foi liberado aos familiares para sepultamento.
Não foi possível, devido ao estado emocional da mãe da criança, constatar quantos outros filhos ela tem, apenas houve a confirmação de mais uma menina. Ainda segundo informações apuradas, a vítima ainda com cinco dias de nascida teria apresentado o mesmo problema, que foi contornado na ocasião.
Em prantos, a mãe foi consolada pelo médico. “Você não teve culpa. Você não é Deus, só quem sabe de todas as coisas é Ele. É importante que casos como esses sirvam de alerta, para evitar que mais mortes prematuras sejam registradas. É comum isso acontecer com crianças muito novas, o ideal é redobrar ainda mais os cuidados”, explicou o médico que atendeu o caso.
Polícia
Criança de três meses morre engasgada, após amamentação
Uma equipe do programa Ronda no Bairro, que chegou primeiro ao local levou imediatamente a criança ao Pronto Socorro, mas ela acabou morrendo asfixiada
Criança de três meses morre engasgada, após amamentação
Criança de três meses morre engasgada, após amamentação
Criança de três meses morre engasgada, após amamentação
Criança de três meses morre engasgada, após amamentação